Anna e o beijo Francês (Stephanie Perkins) Resenha #3



Sabe aquele livro que você começa, passa página por página, chega ao fim, e não consegue acreditar? Anna e o beijo francês foi assim para mim.



Título: Anna e o beijo Francês
Autor(a): Stephanie Perkins
Editora: Novo Conceito
Páginas: 288
Ano: 2011 
Sinopse: Anna Oliphant tem grandes planos para seu último ano em Atlanta: sair com sua melhor amiga, Bridgette, e flertar com seus colegas no Midtown Royal 14 multiplex. Então ela não fica muito feliz quando o pai a envia para um internato em Paris. No entanto, as coisas começam a melhorar quando ela conhece Étienne St. Clair, um lindo garoto -que tem namorada.Ele e Anna a se tornam amigos mais próximos e as coisas ficam infinitamente mais complicadas. Anna vai conseguir um beijo francês? Ou algumas coisas não estão destinadas a acontecer?


A narrativa conta a história através dos olhos de Anna Oliphant, que vive nos EUA, e de repente, é jogada de paraquedas em Paris. Ok, é Paris! Quem em sã consciência ficaria mal por estar na cidade mais romântica do mundo? Mas ela está lá, sozinha, e sem conhecer muito bem o idioma, o que dificulta bastante as coisas.


Aqui está tudo que eu sei sobre a França: Madeline e Amelie e Moulin Rouge. A Torre Eiffel e o Arco do Triunfo, embora eu não tenha ideia de qual função realmente tenham. Napoleão, Maria Antonieta, e um monte de reis chamados Louis. Eu não tenho certeza do que eles fizeram também, mas acho que tem algo a ver com a Revolução Francesa, que tem algo a ver com o Dia da Bastilha.


Logo no primeiro dia, ela faz amizade com Meredith, uma loira apaixonada por esportes, que já tem amizades duradouras na SOAP (School of American in Paris), o internato onde Anna está. E é então que ela conhece St. Clair.

Uma das coisas que mais gosto nos livros da Stephanie Perkins são os defeitos tão realistas de seus personagens. St. Clair é absolutamente tudo que uma garota quer. Lindo, carismático, simpático, atencioso, engraçado, tem um sotaque maravilhoso... Mas é baixinho. O que eu achei o máximo, podem me julgar.

E claro, o seu maior e mortal defeito: Ele tem namorada.

Anna tenta não se aproximar intimamente de St. Clair, porque além de saber que ele tem uma namorada que já está cursando a faculdade em Paris, ela descobre que Meredith, sua nova amiga também está apaixonada por ele. Confusões, confusões, confusões...


De repente registro que St. Clair é menor do que Josh. Muito menor. É estranho que eu não tenha percebido antes, mas ele não carrega a si mesmo como um cara baixinho. A maioria é tímido ou na defensiva, ou alguma combinação mesclada dos dois, mas St. Clair é confiante e amigável e...
—G-zuis, olhas muito!
—O quê?
—Eu viro a cabeça para trás, mas Rashmi não está falando para mim. Ela sacode a cabeça para Meredith, que parece tão tímida como eu me sinto.
—Você está queimando buracos na cabeça de St. Clair. Isto não é atraente.
—Cale a boca.
—Mas Meredith sorri para mim e encolhe os ombros.
Bem. Isto esclarece algo.
Como se eu precisasse de outro motivo para não
desejar. O Garoto maravilhoso está oficialmente fora dos limites. 


O fato é que St. Clair não parece nem um pouco disposto a se manter afastado dela. A ajuda em tudo que precisa, de auxiliá-la no uso do francês até leva-la para conhecer a cidade. E obviamente, os dois tornam-se inseparáveis.


Mademoiselle Oliphant. Isso se traduz para ‗Ponto Zero das ruas da França.‘ Em outras palavras, é o ponto em que todas as outras distâncias na França são calculadas — St. Clair limpa sua garganta. — É o começo de tudo.
Eu olho para trás. Ele está sorrindo.

— Seja bem-vinda a Paris, Anna. Eu estou contente por você ter vindo.



Quando St. Clair descobre que sua mãe está doente, o mundo dele desaba. E é a vez de Anna estar ao lado dele. Sua maior aproximação ocorre no feriado de ação de graças, já que os dois ficam sozinhos na SOAP, e passam o tempo todo juntos. E digo o tempo todo MESMO. Vinte e quatro horas por dia. Mas ainda assim, nenhum dos dois tem coragem de dar um passo adiante e falar sobre seus sentimentos.
Graças a essa indecisão, Anna se agarra a sua vida nos EUA, onde está sua melhor amiga Brigette, e o cara que poderia ser seu namorado, Toph, mas se decepciona ao reencontrá-los. Além, é claro, de ter que lidar com seu pai, com quem ela não se dá muito bem. O que faz com que ela procure consolo em St. Clair, que mesmo longe, parece estar com ela o tempo todo.


Estou me teletransportando para Atlanta. Eu estou te pegando, e nós vamos para um lugar onde nossas famílias não podem nos achar. Nós vamos levar Seany. E nós vamos deixá-lo correr até ele cansar, e então você e eu vamos fazer uma longa caminhada. Como no dia de Ação de Graças. Lembra? E nós vamos conversar sobre tudo EXCETO nossos pais... ou talvez nós não vamos falar nada. Nós vamos apenas caminhar. E vamos continuar caminhando até o resto do mundo deixar de existir.


E a dúvida é: Porque será que St. Clair ainda não largou a namorada?  Os personagens tem medos tão comuns que é capaz se enxergar em certas situações. Medo de ficar sozinho, é um desses medos, e a incapacidade de aceitar isso também nos faz pensar como o personagem. Além das diversas discussões e reflexões que uma garota de 17 anos como Anna pode ter.

Meredith, Josh e Rashmi tem participação integral em toda trama, o que me agradou bastante. Não são apenas uma participação especial, e cada um deles tem um papel fundamental em partes do livro.

Perkins tem uma senso de humor enorme, e o usa de forma impecável na história. Os trocadilhos com os nomes dos personagens, ou com a Naturalidade de St. Clair dão um gosto mais especial à história. Claro que com a tradução, algumas das piadas se perdem, mas ainda assim, a essência permanece lá.


Desculpe, Chef Pierre. Eu estou um pouco distraída por esta obra de arte de Garoto Francês Inglês Americano.
Com certeza, esse é um dos meus livros favoritos, e as sequência Lola e o garoto da casa ao lado e  Isla e o final feliz estão no meu coração também, assim como essa escritora maravilhosa.
Bridgette costumava ser o lar para mim. Talvez St. Clair seja meu novo lar.
Eu reflito sobre isso enquanto nossas vozes se cansam e paramos de falar. Simplesmente fazemos companhia um para o outro. Minha respiração. Sua respiração. Minha respiração. Sua respiração.
Nunca poderia dizer-lhe isto, mas é verdade.
Isto é lar. Nós dois.


Espero que tenham gostado. Beijos no coração de vocês.

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2 comentários:

  1. Amei a resenha amiga... Já ouvi falar muito desse livro ,mas nunca tive a oportunidade de ler, acho que agora vou arrumar um tempinho.

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    1. Ai arruma sim. Você não vai se arrepender, prometo :3

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